Considerada uma das marcas mais valiosas do mundo do luxo, a Hermès não chegou ao topo à toa. Suas bolsas possuem design incomparável, com materiais inovadores e incrível cartela de cores. Isso significa que sua Birkin ou Kelly é única.
Vamos conhecer então alguns dos tipos de couro que a grife utiliza?
Togo
Lançado em 1997, esse é o couro mais popular para a bolsa Birkin. De bezerro, entre suas características podemos citar: leve, anti-risco, possui textura granulada e apesar disso tem acabamento macio. De longe, aparenta ter veias verticais e reflete luz.
Clemence
Esse couro surgiu na década de 1980. Ele é natural granulado, anti-risco feito de pele de bezerro. Sua textura é maior e mais larga que a do couro Togo, o que causa um efeito mais “matte”. Considerado um couro slouchier (macio, não estruturado e não rígido), ele é durável e pesado.
Epsom
Lançado em 2003 ele substituiu o couro Courchevel. Ao contrário de outros couros, o padrão da textura é impresso no couro, o que dá uma aparência laminada rígida e estruturada. Além disso, não risca facilmente.
Fjord
Feito de pele de touro, é um dos couros mais pesados. Ele é texturizado, fosco e anti-riscos e, além disso, possui o granulado maior e mais largo que os outros. Completamente a prova d’água – por isso mais durável – entre as suas características também estão as veias verticais visíveis a distância.
*A quantidade de veias pode variar de acordo com a pele. É possível ter uma bolsa de fiorde sem veias.
Box Calf
Esse é o tipo de couro mais antigo da marca, com nome originado em homenagem ao artesão de sapatos Joseph Box, em 1980. Feito de pele de bezerro, tem um grão fino visível, possui acabamento suave, estrutura mais rígida, lisa e muito brilhante. No entanto, para que possa durar por gerações, exige cuidados, uma vez que é sensível a arranhões e líquidos, o que pode marcar facilmente.
Evercalf
Essa é uma versão mais macia e matte da Box Calf. Possui um acabamento aveludado, leve brilho, sem granulados visíveis. Com toque mais macio, não arranha, nem risca facilmente.
Evergrain
Essa é a versão em relevo do couro popular Evercalf. É um couro rígido com granulado, possui toque mais macio e suave. Por conta de seu grão fino, pode riscar e arranhar facilmente.
Chamonix
Usado mais frequentemente em cintos e acessórios, esse couro possui propriedades muito semelhantes ao “Box Calf”, no entanto possui um acabamento matte ao invés de brilhante.
Veau Grain Lisse
Descontinuado em 2003, esse couro é muito parecido com o Epsom. Conhecido por ser levemente fino, leve e brilhante, é resistente a riscos e tem grãos menos angulares e arredondados. É rígido mas mantém sua forma.
Veau Grain d’H
Lançado em 2012, é um couro de bezerro estampado e processado que tem uma aparência prensada finamente estruturada e brilhante.
CHEVRE
Feito de pele de cabra, é um couro texturizado anti-riscos, ultraleve, brilhante e rígido. Uma curiosidade: as bolsas feitas inteiramente de Chevre são muito raras e existem duas variedades diferentes de Chevre: Chevre Mysore e Chevre de Coromandel.
Chevre Mysore
Lançado em 2002, é feito de pele de bode e é completamente resistente a arranhões. Possui um grão mais definido que o Chevre de Coromandel. É leve e resistente a riscos. Apresenta brilho e reflete bem a luz.
Chevre de Coromandel
Também é feito de pele de bode, macio, leve e resistente a riscos. Possui granulados aparentes e um brilho levemente iridescente. Excelente escolha pra quem quer qualidade e facilidade.
Swift
Lançado em 2006, inicialmente ele era chamado de Gulliver (couro que foi descontinuado em 1999). Entre suas características estão: toque macio, grão fino e facilidade de refletir a luz, o que faz com que sua cor fique mais intensa e brilhante.
Vache Natural
Este é mais um dos couros clássicos da Hermès, aparecendo em peças vintage com mais de 50 anos. Feito de couro de vaca, não passa por nenhum tratamento e é muito suave e delicado. Parecido com o couro de Vachetta, da Louis Vuitton, quando novo, aparenta ser muito claro e escurece ao longo do tempo.
Vache Liegee
Lançado em 2004, Vache Liegee é um couro natural granulado. Ele também apresenta um leve brilho e é conhecido por ser o mais grosso e mais durável dos couros Hermès.
Negonda
Lançado em 2007, é feito de bezerro adulto com grão grande. Este tipo de couro fosco é completamente resistente à água. Tem uma sensação mate e seca ao toque. Negonda é usado principalmente em bolsas Garden Party.
EXÓTICOS
Ostrich
Esse é um dos couros mais exóticos na linha da marca. A prova d’água, vem do avestruz Struthio Camellus, cultivado na África do Sul. Considerado um dos mais raros e delicados, o couro é desejo entre as mulheres. Entre suas características está o fato de que em contato com as mãos ele escurece, e com a exposição à luz clareia.
CROCODILO
Porosus Crocodile
Este crocodilo é cultivado na Austrália e em países do Sudeste Asiático, como Cingapura. Considerado por muitos como o principal couro Hermès e conhecido por seu padrão de escala fino e simétrico. O brilho vem do polimento constante da pele com pedra até que ela brilhe. O logotipo da Hermes incluirá o símbolo ^ para identificá-lo como “Porosus”.
Crocodile Niloticus
Couro de crocodilo da região do Rio Nilo, na África. Possui um padrão de escala maior em comparação com o Porosus. A versão brilhante (lisse) vem do polimento contínuo até mostrar um brilho. Para identificar tal couro nas peças, o símbolo Hermès na bolsa incluirá dois apostrofros (“).
Matte
O jacaré que a Hermès usa é o “Jacaré Mississippiensis” e é criado na Flórida. O couro de jacaré tem uma cicatriz umbilical, que é uma forma irregular alongada com um padrão de teia, que muitas vezes é colocada de forma proeminente em produtos para mostrar a autenticidade do couro. Isso significa que o padrão das escamas do jacaré não é tão uniforme. O jacaré tem pequenas escamas retangulares no meio e escamas ovais menores nas laterais (mostrada aqui). Jacaré é comumente tingido em uma variedade de cores. O logotipo da Hermes incluirá um símbolo quadrado para identificá-lo como “Jacaré”.